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12/10/2005

Zapping

O zapping é nada mais nada menos que o trocar constante de canais, quando se está frente a uma televisão. Ele faz parte do desenvolvimento de uma corrente onde o controle remoto é o dispositivo que o indivíduo possui para efetuá-lo, de acordo com às leis que a televisão ensinou aos espectadores: produzir um ac´mulo de imagens por unidade de tempo e, contraditoriamente, pouca quantidade de informação, extrair todas as consequências do fato de que a retroleitura dos discursos visuais ou sonoros, que se sucedem no tempo é impossível. A televisão tira proveito disso, realizando uma grande repetição de imagens, numa velocidade tão grande que nem podemos memorizar seus conteúdos; evitar a pausa e a retenção temporária da grande quantidade de imagens, porque afetam seu maior valor- a variada repetição do mesmo; a montagem ideal: as câmeras devem mover-se o tempo todo afim de evitar que o telespectador mude de canal.
A televisão virou uma atração sustentada na velocidade o controle remoto não baseia ninguém em parte alguma, pois o espectador tem a liberdade, para percorrer um vasto caminho com uma velocidade grande, portando nas mãoso controle remoto, e quebrando a velha teoria hipodérmica, deixando de ser manipulado.
A velocidade pensada, correspondente a espaço de tempo curto, de atenção concentrada, é chamada de "ritmo visual", esse ritmo televisivo é frenético e acelerado, e imlantou uma cultura que o público devolve através do zapping. O acontecimento de planos que pertuba a consciência pela rapidez com que acontece, não constitui uma frase rítmica, e sim uma estratégia para evitar o zapping, para que a velocidade repare as aberturas de frinchas por onde o mesmo deve passar.
A televisão comercial como produtora de mercadorias tem como leis o preenchimento do tempo e a velocidade. Acredita-se que só a curta duração pode reter a atenção, e o zapping propicia isto. O ritmo acelerado e a ausência de silêncio são efeitos completamentares, pois tanto o silêncio quanto o branco chocam-se contra a cultura que o público tem na percepção de imagens, e a mudança de canal é uma resposta a isto.
Surge então uma nova forma de leitura e de memória, onde os fragmentos de imagens conseguem fixar-se e serem reconhecidos, enquanto outros são esquecidos, mesmo se repetindo sem fim, ninguém os vê. São imagens de preenchimento, que se repetem mais que as afortunadas, e estas são mais numerosas a cada dia que passa, passando despercebidas enquanto existem as outras imagens, e quando estas começarem a desaperecer, zapping!

Rudney Guimarães


1 Comments:

Blogger Mídia e sociedade said...

Cara esse teu Blog é super criativo e intrigante, falar de tv e do tempo em q as pessoas passam na frente deste veículo q transmite 99% de bobagem e as vezes cerca de 1% de informação aproveitável quando ñ deturpada pela mídia, é algo q pode ser sclarecedor qt chegar a ser maquiavélico, pois a velocidade e a maneira q a informação é passada dependerá do grau interpretativo do indíviduo q à assiste, portanto a tv pode ser considerado o veículo q "forma, tranforma e reforma a sociedade", Abraços Rud.

12 outubro, 2005 16:19

 

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