Ainda sobre o VOLP
O presidente da Academia Brasileira de Letras, Cícero Sandronim lançou o VOLP - Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa - esta semana em Portugal. As mudanças na língua portuguesa não foram bem aceitas e geraram opiniões contrárias ao novo modo de escrever algumas palavras. Abriu-se espaço para questionamentos em relação à real necessidade de se mudar algo na língua portuguesa, e principalmente em unificar a língua nos países em que ela é língua oficial.
Mas por que Portugal mantém um certo protecionismo em relação à língua portuguesa escrita por lá? O acordo ortográfico é um ato muito mais de ordem política a qualquer outra coisa. Até então, o português era a única língua ocidental com duas ortografias oficiais. Uma usada no Brasil, outra em Portugal e nas ex-colônias africanas e asiáticas. Em Portugal, algumas palavras contêm consoantes mudas, que não são usadas no Brasil, como por exemplo: acção, contacto, óptimo, direcção. Desta forma, se um texto for redigido em Portugal e mandao ao Brasil, ele deverá ser refeito, com as devidas correções. Acontece que algumas palavras em Portugal têm sentidos diferentes no Brasil. A palavra 'facto' em Portugal, é diferenciada de 'fato'. Isso porque a primeira quer dizer 'fato, acontecimento', enquanto a segunda é um tipo de terno.
Talvez, a adaptação ao novo acordo ortográfico seja um pouco mais difícil para os Portugueses, mas cabe ressaltar que a língua escrita se aprende através do ensinamento. Realmente é necessário aprender as regras da escrita, diferentemente da fala, onde a pessoa nasce com a aptidão intelectual para exercer esse tipo de comunicação. O se humano nasce pronto pra falar, já vem com o seu cérebro programado, mas não nasce pronto pra escrever.
Portanto, não é uma missão das mais difíceis. Muitos lembram por exemplo, da retirada do 'ph'escrito em 'pharmácia'. É notório a curiosidade e o interesse das pessoas em se adequar às novas regras visando escrever de forma correta. Mas, assim como em toda mudança, por menos radical que ela seja, nem todos saem satisfeitos. Há aqueles que acharam desnecessárias as mudanças.
Mas agora você deve estar perguntando: e em relação aos computadores, quando os softwares estarão atualizados com às novas regras? Bem, à princípio, o Office mais famoso, o Word, da Microsoft não dá pistas de adequação do seu corretor ortográfico, ainda. Porém, existem softwares que podem ser criados e modificados por qualquer programador, chamados de softwares livres. Um deles, o BrOffice, semelhante ao pacote da Microsoft, foi o primeiro a atualizar seu corretor. Porém, ele só funciona em programas livre e não roda no Word, por exemplo. Nos celulares, a atualização às novas regras também deve demorar um pouco.
A mudança na grafia de algumas palavras não deve servir como desculpa para quem por ventura escrever alguma palavra errada. Sabe-se bem que as pessoas têm dificuldades em saber como se escrevem palavras que talvez nunca tenham sido mudadas. Tudo é questão de prática na escrita, na leitura, de curiosidade e vontade de aprender e compreender a língua portuguesa cada vez melhor.
E por fim, a unificação da língua portuguesa entre os países em que ela é língua oficial, tem um enorme caráter de interação entre os povos de mesma língua. Nada mais coerente, então.
Rudney Guimarães
Mas por que Portugal mantém um certo protecionismo em relação à língua portuguesa escrita por lá? O acordo ortográfico é um ato muito mais de ordem política a qualquer outra coisa. Até então, o português era a única língua ocidental com duas ortografias oficiais. Uma usada no Brasil, outra em Portugal e nas ex-colônias africanas e asiáticas. Em Portugal, algumas palavras contêm consoantes mudas, que não são usadas no Brasil, como por exemplo: acção, contacto, óptimo, direcção. Desta forma, se um texto for redigido em Portugal e mandao ao Brasil, ele deverá ser refeito, com as devidas correções. Acontece que algumas palavras em Portugal têm sentidos diferentes no Brasil. A palavra 'facto' em Portugal, é diferenciada de 'fato'. Isso porque a primeira quer dizer 'fato, acontecimento', enquanto a segunda é um tipo de terno.
Talvez, a adaptação ao novo acordo ortográfico seja um pouco mais difícil para os Portugueses, mas cabe ressaltar que a língua escrita se aprende através do ensinamento. Realmente é necessário aprender as regras da escrita, diferentemente da fala, onde a pessoa nasce com a aptidão intelectual para exercer esse tipo de comunicação. O se humano nasce pronto pra falar, já vem com o seu cérebro programado, mas não nasce pronto pra escrever.
Portanto, não é uma missão das mais difíceis. Muitos lembram por exemplo, da retirada do 'ph'escrito em 'pharmácia'. É notório a curiosidade e o interesse das pessoas em se adequar às novas regras visando escrever de forma correta. Mas, assim como em toda mudança, por menos radical que ela seja, nem todos saem satisfeitos. Há aqueles que acharam desnecessárias as mudanças.
Mas agora você deve estar perguntando: e em relação aos computadores, quando os softwares estarão atualizados com às novas regras? Bem, à princípio, o Office mais famoso, o Word, da Microsoft não dá pistas de adequação do seu corretor ortográfico, ainda. Porém, existem softwares que podem ser criados e modificados por qualquer programador, chamados de softwares livres. Um deles, o BrOffice, semelhante ao pacote da Microsoft, foi o primeiro a atualizar seu corretor. Porém, ele só funciona em programas livre e não roda no Word, por exemplo. Nos celulares, a atualização às novas regras também deve demorar um pouco.
A mudança na grafia de algumas palavras não deve servir como desculpa para quem por ventura escrever alguma palavra errada. Sabe-se bem que as pessoas têm dificuldades em saber como se escrevem palavras que talvez nunca tenham sido mudadas. Tudo é questão de prática na escrita, na leitura, de curiosidade e vontade de aprender e compreender a língua portuguesa cada vez melhor.
E por fim, a unificação da língua portuguesa entre os países em que ela é língua oficial, tem um enorme caráter de interação entre os povos de mesma língua. Nada mais coerente, então.
Rudney Guimarães
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