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08/07/2018

O perigo de uma história única


Na aula de abertura do CC Campo das humanidades - saberes e práticas, em 07/06/18, quando houve a apresentação do componente e do plano de curso do mesmo, ocorreu também a exibição de um vídeo da escritora nigeriana Chimamanda Adichie (link do vídeo). No vídeo, entitulado de "O perigo de uma história única", a escritora (que se apresenta como uma contadora de histórias) expõe um discurso no qual ela relata, através de sua experiência de vida, como se dá a criação de uma história única, e de como isso é perigoso e pode criar uma imagem errônea de um povo, de uma nação. Chimamanda relata sua identificação com os livros que lia na infância, e deixa evidente que sua formação se deu através de estereótipos que ela tinha acesso. Então suas próprias histórias continham os mesmos personagens estereotipados que ela estava acostumada a ver/ler. A partir do momento em que ela teve contato com literatura de seu país, ela percebeu que sua própria história também poderia ser contada e que os personagens do local onde vivia teriam espaço nas literaturas, mostrando a todos a verdadeira imagem de seu povo. A superficialidade se torna presente neste panorama em que apenas um tipo de história predomina - a respeito de uma população. Os estereótipos incompletos são pontos extremamente negativos, pois eles ajudam a criar uma falsa história. A importância da história acaba tendo um abalo ocasionado pela "falsa história" contada. Isso ocorre não apenas com Chimamanda. Os estereótipos estão em todo lugar, sendo criados a todo instante, determinando inverdades e maquiando realidades.

Rudney Guimarães

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